quinta-feira, 20 de maio de 2010

Marina Silva – O calcanhar de Aquiles de Dilma

As polemicas que envolvem as mais novas obras de infra-estrutura , como o Porto de Açu, a hidrelétrica de Belo-Monte e a hidrelétrica de Santo Antonio, evidenciam o quanto o setor publico esta em descompasso com o progresso, lideres de oposição atacam iniciativas privadas que são a única opção de desenvolvimento sustentado e sustentável para o país, ONG´S que não se sabe a serviço de quem, se mobilizam para impor empecilhos a obras de grande importância para uma região, castigada pelo desemprego, pela fome e pela violência da ganância de governantes alheios as necessidades de uma população a muito tempo esquecida pelo estado, a classe política alem de não fazer sua parte, garantindo condições mínimas de infraestrututura para o crescimento econômico do país, ecoam sorrateiramente discursos hipócritas atacando os empreendimentos que trarão renda e meios de subsistência para uma região pobre e abandonada, o Estado de Rondônia que já teve 40% das florestas devastadas para abrigar cerca de 12 milhões de cabeças de boi e também um projeto oneroso aos cofres públicos, que nos anos 60 pôs em regime semi-escravo milhares de trabalhadores, que foi a ferrovia Madeira – Mamoré, demonstram o velho ranço político característico do atraso, predominante dos homens escolhidos para conduzir os rumos de uma nação corroída pela corrupção e sugada pelo retrocesso e pela burocracia.
A usina de Santo Antonio nasce com três objetivos estratégicos; uma delas é fornecer parte da energia limpa que o Brasil precisará para se desenvolver nas próximas décadas, atendendo a demanda de consumo enérgico de cerca de 10 milhões de pessoas, ao contrario da termelétrica em atividade em Rondônia que consome cerca de 1 milhão de litros de óleo por dia, despejando toneladas de C0² na atmosfera; outra é provar que um megaprojeto de infra-estrutura pode ser feito na Amazônia, que concentra dois terços do potencial hídrico inexplorado do país e também o mais rico e vulnerável de seus biomas. O consorcio vencedor da licitação promovida em 2007 pelo governo, investe 900 milhões de reais num programa que cobre desde formação de mão de obra local e construção de moradias, escolas, hospitais e reflorestamento, uma vez que a legislação ambiental tem avançado, devido ao empenho de institutos e órgãos responsáveis por uma condução mais transparente de uma política ambiental efetiva, dispondo de um código florestal, que evolui e pode ser ainda mais aprimorado de acordo com as necessidades que exige a implementação de um desenvolvimento sustentável.
A crise financeira que assolou os EUA e que estremeceu as bases da União Européia fez com que os grupos privados de paises desenvolvidos buscasse uma fuga rápida para seus capitais, tornando os emergentes um campo fértil e estratégico para seus empreendimentos, o que traz o alerta de aproveitar os ventos favoráveis para bons negócios e investimentos ainda mais expressivos em infra-estrutura, independente da burocracia que envolve as licitações de tais obras, é fato que são fundamentais para o crescimento e para as mudanças sociais e econômicas que possibilitem o progresso.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Marina Silva – O calcanhar de Aquiles de Dilma

O processo democrático no Brasil tem recebido constantes mutilações ao longo dos últimos anos, nas ultimas eleições esse fator ficou ainda mais evidente, com o fatídico episódio em que o presidente Lula deu o calote em seus adversários e não compareceu ao primeiro debate em 2004, o que os petistas na época rotularam como uma estratégia traz evidencias claras de desrespeito ao debate franco numa democracia bem consolidada, mas não se poderia esperar outra coisa, de uma eleição mergulhada em denuncias de caixa 2, com tais recursos tanto Alckimen quanto Lula travaram uma disputa movida a interesses duvidosos, enquanto um usava a maquina publica, outro tinha acabado de sair de uma campanha do qual foi cobrado a prestar explicações na assembléia, por suspeita de repasses salgados de um suposto mensalão, enquanto sua adversária Marta Suplicy foi na esteira, beneficiada pelos lobbes arquitetados pelo marketeiro Marcos Valério.
Com o modelo de debate engessado das maiores redes de comunicação do país, foram impossibilitado que partidos mais modestos apresentassem com clareza suas propostas, enquanto o PT e o PSDB com uma artilharia pesada e robusta financeiramente, mapearam com precisão a estrutura dos debates e saíram na frente da disputa, com uma mega-produção comparada a Broadway, ficou claro o vazio do debate em sua total pobreza de espírito.
Essa é só uma introdução do que se espera nas eleições desse ano, como cético de carterinha do sistema eleitoral não espero muitas mudanças na configuração da escalada do palácio das Alvoradas, só venho a ressaltar a importância de um nome, que ao contrario da megalomaníaca marxista Luiza Herondina do Psol, tem conhecimento e embasamento para mostrar um novo viés para o crescimento e desenvolvimento sustentável e sustentado, me refiro a pré-candidata do PV Marina Silva, defensora histórica dos povos indígenas da Amazônia e das populações ribeirinhas, Osmarina Silva apontará erros técnicos e ambientais nas obras do PAC, evidenciará irregularidades na segunda administração do presidente Lula, e deixará transparentes as discordâncias entre a sua condução da pasta do meio ambiente e os planos eleitoreiros das obras inauguradas sobre críticas e suspeitas de inviabilidade e insegurança jurídica no que se refere à legislação ambiental.
Na ultima semana, a ex-seringueira apontou uma perspectiva onerosa da usina de Belo Monte, dos 11.223 MW prometidos pelas concessionárias com o aval do governo, serão fornecidos -4.428 MW do apresentado pelas empresas administradoras, sem contar que as empresas que mais conhecem o projeto não participaram do leilão e assumirão papel de meras contratadas ao em vez de investidoras, um outro ponto explanado por Marina é os R$ 13,5 bilhões em crédito subsidiado pelo BNDES, com prazo de 30 anos para pagamento, a juros de 4% ao ano, sem o comprometimento do capital de empresas privadas e de fundos de pensão e o absurdo comprometimento de licenciamento ambiental com prazo preestabelecido para a obra começar já em setembro.
O Brasil está diante do grande desafio de provar que pode crescer, respeitando a constituição da república, que tem adjunto o código florestal.Pode parecer contraditório fazer a distinção do projeto do Rio Madeira ao Xingu, mas ambas as obras apresentam diferenças significativas no modo como serão conduzidas, na pressa em apresentar a quantidade mais alta possível de obras o governo passou por cima de muitas regras, o que foi um dos fatores preponderantes para que Marina Silva abandonasse a pasta do meio ambiente, as cartas estão postas a mesa, e espero que o debate desse ano, não sejam o vazio que foi o anterior, ainda há uma pequena partícula de esperança, mas a mídia mais uma vez vem pra atropelar essa chance, embora cético tenho que me manter critico, só assim poderei indagar o atual estado de coisas.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Esaú e Jacó na republica do pau de arara

Em uma de suas mais célebres obras "Esaú e Jacó" Machado de Assis retrata cenas de um cotidiano conturbado pela novidade da república e pela derrocada do imperialismo. Tudo isso fica bem explícito no capitúlo "Manhã de 15" em que o conselheiro Aires sai de casa e encontra a cidade do Rio de Janeiro em estado de anarquia, tomada por conflitos entre partidários do império contra manifestantes pela república e ao parar na confeitaria de seu compadre Custódio, vê seu companheiro em um dilema para escolher o nome mais apropriado ao seu esbelecimento. E daí que se segue um diálogo entre os dois, com varias sugestões, a primeira delas foi a "Confeitaria da Republica", que logo foi descartada devido ao fato de poder haver nova virada de mesa do império e isso lhe causar prejuízos patrimoniais, a segunda alternativa seria a "Confeitaria do governo" porém como todo governo tem oposição, logo a idéia foi eliminada, o conselheiro Aires recomendou a Custódio que colocasse o título "Confeitaria do império - acrescentando: fundada em 1860 em letras menores, sugestão logo descartada por Custódio, já que a populção poderia se fixar nas letras maiores e trazer mais transtornos. Por fim ficou decidido por "Confeitaria do Custódio para evitar atritos, esse trecho da obra acaba evidenciando o pecado original da república, que sempre foi deixar alijada do processo democrático a população que por sua vez desinteressava-se de qualquer assunto referente a questão, ou por temer represálias, ou por apenas imaginar qual seria o desfecho de tudo isso, com pouca participação nas decisões o povo tomou as ruas para fazer valer o contrato social, uma vez que a republica em seus moldes tupiniquins passou de longe de sua proposta original, ora prevelecendo a corrente liberal do movimento, que dava mais autonomia a população, ora a federalista, que embora dá-se margem para a escolha dos representantes, atribuia as oligarquias maior força decisória. Através de um sistema eleitoral, que deixava de fora os analfabetos que correspondiam cerca 75% da população, subtraindo ainda as mulheres, os homens menores de 21 e os estrangeiros, a democracia da república do pau de arara dava a apenas 2% dos cidadãos o direito a voto. O problema da ausência do povo nas decisões, ou a falta de consciência demócratica que se fixa nas raízes culturais da nossa política e não apenas na falta de instrução da populção, que também decorre do desinteresse dos governos em promover a inclusão através do investimento em educação desde a base, e não apenas tapando o sol com a peneira, liberando, quando ainda sim se liberados recursos as Universidades, o Brasil amargou anos da degradante tomada do militarismo sobre o estado por motivos pouco convincentes de ameaça comunista, no fim do ano passado lembrou-se dos 40 anos da criação do AI 5, ato instituicional que manchou de sangue a história política nacional, até o golpe sobre o golpe em 64 e por fim o movimento pelas diretas em 1982, movimento que tomou o país, levando somente em Curitiba cerca de 60 mil pessoas as ruas, para em 1988 aprovar a vigente constituição com um discursso categórico de Ulysses Guimarães, chamado pelos companheiro de guardião da constituição. Muito já progredimos, e hoje somos o epicentro da América do Sul democrática, enquanto movimentos desestabilizam a democracia na Bolívia, tragédias economicas torturam a Argentina e a tirânia de Chaves faz sofrer nossos irmão venezuelnos, dissolvendo o congresso e fazendo referendos pau mandados, enquanto o presidente Lula que tanto lutou por direitos cívicos, diz que deve ser respeitada a soberânia

Congresso quer acelerar processo degradatório no sul

É com grande desapontamento que venho alertar aos irmãos que acreditam na manutenção de um crescimento economico associado ao desenvolvimento sustentável como alternativa de impulso a economia, que trago um alerta aos jovens ambientalistas. Esta em estudo pelo governo federal a implantação de 3 Usinas termoelétricas, que ao que tudo indica serão construidas no sul do país, as novas termoelétricas serão movidas por matrizes sujas, como óleo diesel e carvão, lançando na atmosfera cerca de 39,3 milhões toneladas de CO² (gas carbonico), o que equivale a três vezes mais que o emitido por usinas a gás, que emitiram 14,4 milhões de toneladas no ano de 2008. A estimativa é que o volume de emissões equivalerá à poluição gerada por 44 milhões de carros pequenos a gasolina. A Senge-PR (sindicato dos engenheiros do Paraná) moverá esforços para que o debate possa alcançar o mesmo grau de mobilização, que o referendo para a privatização da copel que conseguiu leventar 147 mil assinaturas no inicio da década.É fato que é latente a necessidade de ampliação da produção de energia, diante da demanda por investimentos exigidas pelo crescimento do consumo e aumento de produção da industria nacional. Porém não foi estudada a fundo a opção por energia éolica (a energia dos ventos), por haver um pretexto cada vez mais combatido, de que não seria viavel financeiramente, o que é desmentido por maioria das Ong´s, na India foi elaborado um programa de produção de energia eólica na década de 80, que reverteu em 50% o uso da energia em seu mercado interno, potencial que tornou o país um dos maiores exportadores de turbinas eólicas. No período de estiagem no sul é registrado a maior incidencia de ventos do Brasil o que pode significar um estimulo a utilização da nova matriz de energia, é preciso que aja uma mobilização quanto a essa questão, pra que esse fato não venha fazer com que a imagem do crescimento sustentável alcançado pelo país, não se reverta negetivamente num desenvolvimento degradante e insustentado.

Crise financeira global um novo olhar para o futuro

Após 30 anos surge uma nova corrente econômica que defende uma maior regulação do mercado financeiro, numa geração de investidores e agentes financeiros que viram benefícios na liberação. Hoje porém as economias estão muito interligadas, saídas nacionalistas como a restrição ao fluxo de capitais, pode causar mais mal do quem bem. Mas a chance de uma nova arquitetura financeira global, esta cada vez mais em pauta nas reuniões da OMC, DOHA e outros órgãos, o que pode determinar uma nova perspectiva para a economia mundial.
Diante do panorama econômico que levou o mundo a uma crise bastante robusta que começa a dar sinais de recuperação, economistas brasileiros como Carlos Lessa defenderam um projeto nacional que combine uma frente de expansão conjunta entre os setores público e privado, o ex-presidente do BNDES, aprova medidas intervencionista por parte do governo, acelerando obras de infra –estrutura e em empresas estatais estratégicas.
Para Ricardo Carneiro, professor da Unicanp, atividades especulativas como a aplicação em derivativos, não é saudável para o mercado financeiro e pode ser uma bomba de nêutrons prestes a explodir. Operações financeiras movimentam perto de 700 trilhões por ano, apenas 3% do fluxo do dinheiro global se refere ao comercio internacional, o restante é especulação financeira ou um jogo de azar em que a classe produtora sofre as conseqüências de um mercado que precisa de regulação. O ponto de vista dos economistas pró-intervenção e até mesmo os economistas mais pragmáticos de direita, defende uma regulação mais dura e o retorno do estado como planejador dos rumos econômicos.
No tocante, ao surgimento de uma nova potencia econômica hegemônica que substitua os EUA, especialista afirmam que a crise será indutora de grandes mudanças, mas isso não levará a derrocada do poder norte-americano. A eleição de Barack Obama e a participação cada vez mais ativa dos emergentes nas mesas de negociação em fóruns de órgãos mundiais políticas e econômicas reforça essa corrente, basta esperarmos para constatar mudanças estruturais na economia mundial, que alem de abranger questões técnicas como a maior influencia dos governos, possam surgir mudanças que desacelerem também o atual modelo de desenvolvimento e produção insustentável que rege as relações de comércio, o substituindo por um padrão sustentável, com incentivo a fontes limpas de energias e ampliação de programas de erradicação da pobreza nos países subdesenvolvidos, encerra-se essa modesta resenha, os próximos temas abordados, serão´´ Política sobre drogas ``ou ``anti-drogas`` para os mais conservadores e também os rumos da política ambiental na amazônia. Aguardem.